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CCTM

Comemorações do Centenário do nascimento de Manuel Tito de Morais

28
Fev10

Com imensa alegria

Luisa Tito de Morais

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Personalidades anti-fascistas, movimentos democráticos e o Partido Comunista Português decidiram criar, numa Convenção realizada em Roma em 1963, a Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN). Por proposta de Tito de Morais a sede da FPLN seria na Argélia, país recentemente independente e solidário com os movimentos de libertação – nomeadamente das colónias portuguesas – e a luta dos povos oprimidos. Pedro Ramos de Almeida foi, entre 1964 e 1969, o representante do PCP na FPLN. Seguiu, pois, para Argel com a sua família: eu e o nosso filho Nuno, de nove meses de idade.

Sem viver com o meu Pai desde os nove anos – embora passasse algumas férias com ele -, a possibilidade de podermos conviver, dele conhecer o meu filho e de estarmos na mesma luta encheu-me de alegria. Posso dizer, com verdade, que foi em Argel que o conheci melhor.

E gostei muito daquele Pai que me aparecia aos 22 anos de idade. Todo ele era ternura e solidariedade, mas ao mesmo tempo um líder, um combatente sem tréguas pela liberdade.

As nossas casas ficavam relativamente longe, mas todas as semanas íamos jantar a casa dele e aprofundar laços com os meus jovens irmãos Manuel e Luís e mais tarde com o Pedro, que nasceu em Argel.

O Pedro tem menos um ano do que o meu filho, seu sobrinho, e cheio de pressa nasceu algumas semanas antes do tempo. O meu Pai apareceu aflito em minha casa a dizer-me que a Maria Emília tinha ido para a maternidade. Numa correria, fomos os dois comprar o “enxoval” do bebé e levá-lo à maternidade. Fui eu que o vesti, lhe dei o nome e fiquei sendo sua madrinha.

Todos os dias estávamos juntos pois ele era dirigente da FPLN e eu trabalhava na sede. Eu era também locutora da “Voz da Liberdade”, a rádio da FPLN, e o meu Pai esteve na origem da sua fundação e foi o primeiro responsável por ela.

A rádio emitia duas vezes por semana, às quartas e sábados, e mais tarde também às segundas, e o meu Pai era um dos redactores. Lembro-me ainda de alguns dos seus textos – bem escritos, com uma linguagem simples e precisa.

A importância da rádio na luta anti-fascista deve ser sublinhada. Muito ouvida em Portugal, a par da Rádio Portugal Livre, dava uma informação livre de censura e mobilizava os democratas portugueses contra a ditadura e a guerra colonial. Tinha uma rubrica muito concorrida: o Correio da Voz da Liberdade. Dezenas de pessoas do interior e do exterior enviavam semanalmente cartas para o “13 rue Auber” e era normalmente Piteira Santos quem respondia. Fazia-o calorosamente e com um enorme prazer. Havia ainda outras publicações da imprensa escrita largamente difundidas. O trabalho da FPLN também foi essencial. Desde o MUD que não existia uma organização unitária tão forte, embora esta tivesse a sua actividade principal no exterior. Os membros da Junta Revolucionária Portuguesa (o órgão directivo da FPLN) deslocavam-se a vários países europeus e mesmo americanos, onde criavam núcleos de democratas aderentes, e chegaram a vir clandestinamente a Portugal. Participaram e/ou organizaram conferências internacionais sobre a situação em Portugal e aprofundaram laços com os movimentos de libertação nacional das colónias que também tinham escritórios em Argel e com os seus principais líderes.

As autoridades argelinas relacionavam-se com a FPLN considerando que esta representava o povo português e convidavam os seus dirigentes para assistir a comemorações e recepções. As representações diplomáticas acreditadas, nomeadamente as dos países socialistas, tomavam posição idêntica. Numa ocasião, em 1965, a Embaixada de Cuba convidou os responsáveis da Junta Revolucionária para uma recepção destinada a assinalar um momento muito especial: a presença de Che Guevara em Argel, que vinha participar numa conferência.

Argel foi um chão amigo para os exilados e para os desertores e refractários da guerra colonial.

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Quando, em 1963, o meu Pai se instalou em Argel, mobilou a sua casa com “móveis” feitos por ele. Com a madeira dos caixotes dos seus livros, que trouxera do Brasil, construiu uma mesa e vários bancos. As camas, inicialmente, resumiam-se a colchões no chão. Era um óptimo “bricoleur” e as suas habilidades estendiam-se à cozinha e ao “corte e costura”.

Mais tarde, com o trabalho do casal – o meu Pai era engenheiro electrotécnico nos Hospitais de Argel - foi comprando outra mobília e a sua casa tinha sempre as portas abertas para todos os portugueses refugiados.

Todas as festas, como o Natal ou a passagem do Ano, eram feitas em sua casa. Sabia receber como ninguém e com ele o exílio ficava menos triste.

As nossas longas conversas, que muitas vezes duravam horas, só se repetiriam depois do 25 de Abril, quando finalmente tivemos o direito de viver em Portugal. Voltei a ter Pai aos 32 anos.

Tenho de confessar que em 75 “brigámos” bastante pelos nossos pontos de vista, nem sempre convergentes, mas isso nunca obstaculizou a nossa infinita amizade.

A separação derradeira foi em 1999, com a sua morte. Mas o seu exemplo de Homem íntegro e carinhoso, democrata e combatente pela liberdade contínua ao meu lado.

Imagem: Manuel Tito de Morais com o neto Nuno Ramos de Almeida ao colo e, ao colo de Maria Emília, o seu filho Pedro Tito de Morais

© CCTM (69)

03
Dez09

Na resistência

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Grupo Argel na passagem do ano de 1965 (1965.12.31)

Da esquerda para a direita:

à frente – Duartina Barbosa, Silva, Ema Silva, Manuel Alegre, Isabel Alegre, ?, ?, Banza (a menina), António Barbosa, Manuel Tito de Morais.

no meio – ???, o último à direita é o Manel filho.

atrás, em pé – Luís Bernardino, Mário Pádua, Luísa Tito de Morais, Pedro Ramos de Almeida, Nuno (o menino), João Ruela, Teresa Ruela, Ruela, Isabel Landeiro, Jorge Landeiro.

© CCTM (19)

20
Nov09

Manuel Alfredo Tito de Morais (1910.1999)

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Manuel Alfredo Tito de Morais um homem de princípios, militante e um dos fundadores do Partido Socialista, lutador pela liberdade e pela democracia, nasceu em Lisboa, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, a 28 de Junho de 1910, três meses e alguns dias antes da revolução que trouxe a República a Portugal.

Era filho de Augusto Tito de Morais, oficial da Marinha, republicano e de firmes convicções democráticas, Ministro, Deputado e Senador às Constituintes de 1911, militante no Partido Republicano Nacionalista e de Carolina de Macedo Morais, que, entre muitas outras coisas, lhe ensinou a respeitar as pessoas independentemente da sua origem.

Passou a sua infância e adolescência num ambiente propício em que eram visíveis os valores da democracia e da liberdade.

Conviveu em casa dos seus pais com notáveis políticos da época de Brito Camacho e do Presidente António José de Almeida, o que contribuiu também, para a sua formação política.

Tinha 16 anos por ocasião da revolução de 28 de Maio, quando iniciou a sua actividade revolucionária, como ele próprio refere: “Direi mesmo que a minha acção política começou aos 16 anos quando levei a minha primeira chanfalhada de um soldado de Cavalaria da Guarda Nacional Republicana que invadiu o Liceu Camões, aquando da greve estudantil”. Foi o seu primeiro incidente com a polícia e, como tal, o primeiro contacto com a autoridade e com a repressão do regime ditatorial que se seguiu. Depois seguiram-se muitos outros momentos em que Tito de Morais esteve na primeira linha das manifestações contra o regime.

Frequentou o Colégio Militar e foi finalista no Liceu Camões. Terminado o liceu entrou na Faculdade de Ciências, onde fez as disciplinas de Física, Química e Matemática, preparatórias para a Escola Naval, correspondendo assim ao desejo do seu pai. Porém, não passou no exame de admissão, por razões de ordem política e decidiu, de acordo com os pais, ir estudar para a Universidade de Gand, na Bélgica, onde se licenciou em Engenharia Electrotécnica.

De volta a Portugal, começou a exercer a sua profissão na Marconi e depois de 1940, na General Electric Portuguesa, onde dirigiu o departamento de electromedicina. Mais tarde, dirigiu no Instituto Pasteur o departamento com o mesmo nome.

Em 1945, aderiu ao Movimento de Unidade Democrática (MUD), através das bases e depois tornou-se membro da Comissão Central. Nesta qualidade participou na Campanha do General Norton de Matos à Presidência da República. Nesse mesmo dia, os seus serviços no Instituto Pasteur foram dispensados, tendo sido apresentado como justificação o facto de ser dirigente do MUD. Vendo-se desempregado, dedicou-se com todo o empenho à organização deste movimento antifascista, que neste início viveu um ambiente de euforia.

No dia 31 de Janeiro de 1947, a esperança de que a oposição vivia esmoreceu com a ilegalização do movimento e a prisão de toda a Comissão Central, presidida por Mário de Azevedo Gomes, incluindo Tito de Morais.

Tito de Morais que contou, durante uma entrevista, episódios dramáticos vividos durante este momento, referiu que quando chegou à prisão já se encontrava o seu advogado e muitos outros, entre os quais Mário Soares que lhe perguntou se ele não trazia dinheiro. Perante a resposta negativa de Tito de Morais, Mário Soares emprestou-lhe os 50$00 necessários para ir para “primeira”, descobrindo-se assim que na cadeia os presos eram seleccionados através das suas posses no momento. Contou ainda, que durante os primeiros 15 dias, à noite, às 0 horas, iam buscá-lo à camarata para ser interrogado. Na mesma camarata encontravam-se, entre outros, Maldonado de Freitas que permanecia acordado à espera de que Tito de Morais voltasse do interrogatório, por volta das 4 da manhã, com o fim de lhe aconchegar a roupa quando finalmente dormia. Saiu da prisão a 23 de Março de 1948, sob uma fiança de cem mil escudos emprestados pelos amigos.

Os tempos difíceis não terminaram, contudo. Assim, logo de início com problemas em conseguir arranjar emprego e vendo-se impedido por razões políticas de exercer a sua profissão, partiu para Angola, em 1952. Quando ali chegou, a situação não melhorou, porque mal conseguia emprego era logo, no dia seguinte, despedido, devido a pressões feitas pela PIDE. Foi então que um antigo condiscípulo fez frente à PIDE e deu-lhe trabalho na sua empresa, a Luso Dana, Ld.ª, em Luanda. Nesta empresa exerceu o cargo de director do Departamento de Electricidade.

Continuou, ao mesmo tempo que exercia a sua profissão, a lutar pelos ideais democráticos. Assim, em 1958, participou na campanha de candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República.

Em 1961, rebentou a guerra colonial e a situação tornou-se mais difícil. Tito de Morais recebendo ameaças e esperando tempos de perseguição, temeu pela família e fez com que ela regressasse a Portugal. Oito dias depois, era encarcerado na cadeia de Luanda onde foi tratado o mais desumanamente que se pode imaginar. Foi, mais tarde, transferido para Portugal de avião, onde lhe foi comunicado que lhe era restituída a liberdade, embora com residência fixa em Lisboa.

No entanto, as perseguições efectuadas pela PIDE continuaram e a hipótese de conseguir emprego em Portugal era praticamente impossível, fazendo com que fosse obrigado a pedir autorização para sair de Portugal. Foi então para França, onde mais uma vez não conseguiu emprego. Partiu depois para o Brasil, começando a trabalhar numa empresa de siderurgia, a Cosipa. Viveu no Brasil entre 1961 e 1963, criando um movimento de apoio aos resistentes portugueses, e fundando uma ramificação do MUD, a União Democrática Portuguesa.

Participou na 1ª Convenção da Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN), como representante da Resistência Republicana e Socialista de Portugal. Nessa convenção Tito de Morais propôs que a direcção da FPLN, se localizasse em Argel.

Assim, em 1963 partiu para Argel onde se instalou até 1966. Na Argélia foi dirigente da Junta de Salvação Nacional e participou na fundação da Rádio Voz da Liberdade de Argel.

A 7 de Abril de 1964, em Genebra, fundou, juntamente com Mário Soares e Ramos da Costa, a ASP – Acção Socialista Portuguesa, junto do Partido Socialista Italiano, foi para Roma, em 1966.

No Congresso da Internacional Socialista foi proposto pelo Partido Socialista Italiano que a ASP entrasse como membro de facto, apesar de ser movimento e não partido. Manuel Tito de Morais passou também a representar o Secretariado Nacional da ASP, assim como Mário Soares e Ramos da Costa, junto da Internacional Socialista. Esta representação foi bastante importante na vida política de Tito de Morais. Como ele próprio refere: “Esta representação proporcionou-me a oportunidade de contactar com os mais altos representantes do socialismo europeu, com Willy Brandt, Olof Palm, François Mitterrand”, entre muitos.

Fundou em 1967 e foi director do Jornal “Portugal Socialista”, tendo sido apoiado financeiramente pelo PS italiano, através da cedência de papel e pela disposição da tipografia do seu jornal “Avanti”. A distribuição do jornal foi bastante estudada, tendo optado, por um lado, por confiar uns quantos a estrangeiros que depois visitavam Portugal e os deixavam na casa de Mário Soares e, por outro lado, por os enviar para os camaradas dos diversos partidos socialistas e social-democratas que depois por sua vez os enviavam ao verdadeiro destino. Era assim que o jornal entrava em Portugal vindo de diversas partes do globo, embora à chegada os correios o captassem e destruíssem, numa média de 50%.

A 19 de Abril de 1973, em Bad Munstereifel, realizou-se o congresso da ASP, em que foi votada a transformação deste movimento em partido, Partido Socialista Português.

O 25 de Abril apanhou Tito de Morais em Bona, juntamente com Mário Soares e Ramos da Costa. Encontravam-se aqui para uma reunião com o Ministro da Defesa alemão, tendo sido ele próprio que os avisou nessa madrugada de esperança, que a revolução estalara em Portugal.

Foi com emoção, alegria e um sentimento de vitória que estes amigos e camaradas receberam a notícia. Combinando voltar a Portugal para Portugal, Mário Soares e Ramos da Costa tomaram o avião para Paris, enquanto Tito de Morais que não podia entrar em França, por ter sido expulso, entrou clandestinamente de carro. No entanto, Manuel Tito de Morais em virtude da incomensurável alegria, precipitou-se e entrou na fronteira errada, onde não tinha nenhum polícia amigo e, claro, a entrada foi-lhe interdita. Furioso, Tito de Morais, fez um escarcéu tremendo, irritou-se e disse que tinha todo o direito em entrar, pois só queria tomar o comboio para Portugal. O polícia respondeu-lhe que não tinha direito nenhum. Por fim, apareceu o chefe da fronteira que, chamando-o de parte, lhe sussurrou: “O senhor deu tanto nas vistas que não poderei deixá-lo passar. Mas vou explicar-lhe como deverá fazer para encontrar a fronteira belga e daí apanhar o comboio para Paris”. Tito de Morais seguiu a referida orientação e tudo correu satisfatoriamente. Encontrou-se, conforme previsto, com os dois amigos e regressou com eles a Portugal na inesquecível viagem de comboio de Paris até Santa Apolónia.

A chegada a Vilar Formoso foi extremamente comovente. A estação estava repleta de gente que os vinha aplaudir e cumprimentar. Reinava a emoção e a alegria, o próprio chefe da estação não deu ordem de partida ao comboio sem primeiro perguntar a Mário Soares se o poderia fazer, e isto repetiu-se sucessivas vezes até Lisboa, chegando o comboio a parar mesmo em estações não programadas.

Apesar de ter afirmado que após aquele dia nada mais tinha a fazer, pois a sua missão estava cumprida, empenhou-se com toda a dedicação e firmeza no período pós-revolucionário, na organização do Partido Socialista, ou seja, na criação de estruturas, na mobilização e na legalização do Partido e na preparação da Lista de Deputados.

Candidatou-se como deputado à Constituinte, em 1975, na lista do Distrito de Viana do Castelo e, depois no Distrito de Lisboa.

A nível governamental o empenho de Tito de Morais também foi importante. Assim, foi e Secretário de Estado do Emprego no 6º Governo Provisório e Secretário de Estado da População e Emprego no 1º Governo Constitucional.

Porém, foi no Parlamento que ocupou uma posição de topo, primeiro como Vice-presidente da Assembleia da República, entre 1977 e 1983 e, depois, como Presidente do mesmo órgão de soberania, entre 1983 e 1985. A sua actuação foi reconhecida por todas as bancadas parlamentares como dignificante, isenta, com firmeza e coerência de princípios.

Desempenhou ainda os cargos de Vice-presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, entre Maio de 1979 e Abril de 1980, tendo presidido à sessão, no dia da eleição, sendo, desta forma o primeiro português a presidir a uma Assembleia-Geral do Conselho da Europa. Foi igualmente Vice-presidente do Grupo Parlamentar Socialista do Conselho da Europa.

Em 1989, renunciou à actividade parlamentar alegando razões de saúde, apesar de no cerne da questão estar a discordância do acordo da Revisão Constitucional assinado entre o PS e o PSD.

Considerado como segunda figura dos históricos do Partido Socialista, foi eleito, em 1975, membro da Comissão Nacional, da Comissão Política e Secretário Nacional do PS, tendo sido responsável pelo Departamento de Relações Internacionais.

Eleito no VI Congresso Nacional para o mais alto cargo no PS, o de Presidente da Comissão Nacional, ou seja, Presidente do Partido, exerceu o cargo entre 1986 e 1988.

Nesse ano, foi eleito em Congresso, Presidente honorário do PS.

"Pelo seu prestígio e pelo seu empenhamento na luta em prol dos valores do socialismo humanista foi, muitas vezes solicitada a sua presença, quer para reuniões partidárias, quer para comemorações cívicas de relevo”.

Considerado como um dos grandes lutadores pela liberdade, uma das grandes figuras da resistência antifascista, recebeu diversas condecorações:

Grande Ordem de Mérito da República Italiana, Grã-cruz da Ordem de Danebrog da Dinamarca, Grã-cruz da Ordem de Mérito da Áustria, Grã-cruz da Ordem da Coroa da Bélgica, Grã-cruz do Luxemburgo, Grã-cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal e Grã-cruz da Ordem da Liberdade de Portugal.

Empenhado em melhorar o mundo e o Homem, combatente pela liberdade, pela democracia, pela justiça social, considerava que “os Partidos Socialistas continuarão a ser o motor das transformações sociais que se impõem, para que o Homem sinta alegria em viver e para que a justiça, a Verdade, a Dignidade, bem como o Progresso sejam uma realidade, não um mito, nem um slogan”.

Tito de Morais defendeu sempre ao longo da sua vida que o governo deste país deveria ser de esquerda.

Em Novembro de 1996, foi prestada uma homenagem nacional a Tito de Morais. Vários amigos, camaradas, companheiros e admiradores estiveram presentes neste acontecimento.

Faleceu no dia 14 de Dezembro de 1999.

O Partido Socialista perdeu um dos seus fundadores, Portugal perdeu um homem que dedicou toda a sua vida à causa dos valores de igualdade, liberdade e fraternidade.

A Câmara Municipal de Lisboa presta-lhe a sua homenagem ao atribuir o seu nome a uma rua na freguesia da Charneca.

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Texto da publicação Tito de Morais – Político – 1910/1999.

Texto de Teresa Sancha Pereira a partir de uma entrevista a Tito de Morais conduzida por Maria José Gama.
Câmara Municipal de Lisboa - 2001.

© CCTM (05)

 

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Nota do Webmaster (2022)

Este Blog está, como se pode ler no "feed", selado para memória desde o dia 2010.07.29, data em que a Comissão Executiva das Comemorações do Centenário do nascimento de Tito de Morais se extinguiu.
O tempo (12 anos), em termos de evolução tecnológica, é inimigo das selagens e o Blog, para que continue a reflectir a memória, teve de ser tecnicamente “desselado” para manutenção.
Na minha qualidade de webmaster reactivei as imagens, uma vez que a base de dados onde estavam alojadas foi descontinuada, e procedi a alguns ajustes para permitir que este acervo se mantenha funcional. Estes trabalhos decorreram entre 14 e 25 de Setembro de 2022
Se em relação ao texto fica a garantia de praticamente nada ter sido alterado, com excepção de alguns links externos entretanto quebrados ou já inexistentes, já no grafismo original houve que fazer pequenos acertos.
A nota justificativa está registada na última (primeira) página do Blog.
Luís Novaes Tito
luismariatito@gmail.com
2022.09.25

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