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CCTM

Comemorações do Centenário do nascimento de Manuel Tito de Morais

30
Jun10

Homens livres e de bons costumes

CCTM

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Sapientíssimo Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, Caro Amigo António Reis
Estimada Amiga Maria Carolina Tito de Morais, Presidente da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Tito de Morais
Demais membros dessa Comissão
Caro irmão Luís Medeiros Ferreira, digno representante da Loja José Estêvão
Companheiros Oradores José Paulo da Silva Graça e Manuel Tito de Morais Oliveira
Demais membros da Família Tito de Morais
Demais Irmãos do Grande Oriente Lusitano
Ilustres convidados
Senhoras e senhores

Manuel Tito de Morais

Quando de minha iniciação como aprendiz maçon, escolhi como nome simbólico Nuno Álvares Pereira. Talvez porque desde os bancos de escola me encantava imaginar a Padeira de Aljubarrota a despachar sete castelhanos com sua pá de forno e D. Nuno a comandar os valentes combatentes lusitanos.

No entanto, no dia do funeral de Tito de Morais, acompanhei seu filho João, meu irmão de vida, no momento em que o caixão foi colocado no carro e, antes da porta se fechar, João ergueu o braço, com o punho fechado, na saudação socialista, e exclamou: "Adeus, Comandante!"

Essa despedida comovente me fez perceber que também eu sentia o velho Tito como meu Comandante e quis que assim continuasse no desenvolvimento de minha ainda recente vida maçónica. Então, em plena emoção, tomei a decisão de que meu nome simbólico deveria ser Manuel Tito de Morais, um grande português da nossa História Contemporânea.

E hoje estamos aqui, no Grande Oriente Lusitano, evocando Manuel Tito de Morais!

O que levaria um homem como Manuel Tito de Morais a ser iniciado aprendiz maçon no Grande Oriente Lusitano, beirando já os oitenta anos, depois de uma tão extraordinária quanto intensa vida de permanente luta política, depois de ter exercido cargos de grande relevância nas instituições nacionais, como deputado, membro do Governo e, culminando sua trajetória, Presidente da Assembleia da República?

Nunca lho perguntei, apesar de ainda termos pertencido à mesma Loja, a Loja José Estêvão, uma das mais antigas do Grande Oriente Lusitano, durante pouco mais de um ano, o seu último ano de vida. Talvez a minha condição de então aprendiz me inibiu de indagar sobre tal decisão, apesar de nossa grande amizade. Para esse meu silêncio, também deve ter contribuído sua já precária saúde, o que me levou a aproveitar os momentos de suas melhoras para, nos nossos encontros, falarmos do Partido Socialista, a sua grande paixão.

Lembro um período muito difícil, de vários meses, no Hospital de Santa Maria, em que algumas vezes perdíamos a esperança de o rever e ouvir, tão longo foi o tempo em coma que atravessou. Quantas vezes, fazendo-me de forte, encorajei o João Tito, que quase sempre acompanhava nas horas da visita, quando ele não conseguia esconder seu temor de perder o pai, seu mestre, seu farol, embora tanto lhe custasse vê-lo inconsciente.

Mas Maria Emília, sua companheira de tantas lutas, valorosa como sempre. Com sua estirpe guerreira, sempre acreditou que conseguiria reanimá-lo e, falando, falando, sussurrando, sussurrando, alteando de novo a voz: "Tito, eu sei que tu me ouves, faz favor de acordar e levantar!", sem arredar pé de perto dele, foi mais uma vez vitoriosa, juntando sua força á dele, que afinal estava vivo e conseguiu voltar mais uns tempos ao convívio de sua família e de seus amigos.

Mas voltando à questão inicial. Ouso pensar que naquele ano de 1990, Manuel Alfredo Tito de Morais, sentiu-se livre de seus deveres oficiais e apto a corresponder de pleno ao trabalho meritório da Maçonaria, com calma e recolhimento, pronto para a tranquilidade do pensamento e da reflexão no templo maçónico. Ele poderia então ser o maçon ritualístico, pois toda a vida já havia sido maçon, mas sem avental.

E esta realidade foi reconhecida pelo seu grande amigo José Magalhães Godinho. Outra grande figura de republicano, socialista e maçon que, ao fazer o discurso de boas-vindas, após a iniciação, proferiu a já conhecida frase relativa a Tito de Morais: "Eis um maçon que já o era antes de o ser!". (E hoje ouvimos Manuel Alegre lembrar, na cerimónia da inauguração do seu busto: "Manuel Tito de Morais já era o Partido Socialista antes deste existir")

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Se a Maçonaria sempre teve por especial escopo agremiar homens livres e de bons costumes, que rendem um sincero culto à virtude e procuram os meios de propagar a ética da cidadania, Tito de Morais, naquela altura, não resistiu ao apelo de se irmanar com companheiros socialistas como Magalhães Godinho e Raul Rego e com outros companheiros de ideais republicanos como Ramon de la Feria e Abílio Mendes. (outro maçon ilustre cujos filhos aqui presentes cumprimento pelo reconhecimento da Câmara Municipal de Lisboa que muito recentemente promoveu a inauguração de uma Rua com o seu nome em Lisboa) E assim esse conjunto de magníficos cidadãos ficou enriquecido com a admissão de Tito de Morais como obreiro da Loja José Estêvão, a que todos pertenciam.

Sobre a prática de Tito como maçon, já ouvimos o meu velho amigo e companheiro José Paulo da Silva Graça. Eu quero antes focar, usando a realidade atual, como um homem com o perfil de Manuel Tito de Morais só podia ser maçon, antes e depois, e afinal agora, porque, com tanta energia pulsando em sua memória, por certo nos acompanha no Oriente Eterno.

Socorro-me de um texto do nosso Grão-Mestre António Reis, quando de sua investidura em 2005. A propósito do início da crise europeia, que nos últimos anos tanto se agravou, com a imprevidência dos poderes públicos e a insultuosa ganância dos especuladores, dizia António Reis:

"Mas não é nestas circunstâncias que mais se faz sentir a falta da palavra e da acção dos homens livres e de bons costumes que nos esforçamos por ser? Homens livres e de bons costumes! À força de repetirmos esta bela expressão, corremos o risco de a banalizar e sobretudo de lhe perdermos o seu sentido profundo nos tempos presentes. Homens livres de preconceitos, de vaidade, do egoísmo, das paixões e dos interesses mesquinhos. Homens que lutam contra o terror, a miséria, o sectarismo e a ignorância. Homens que combatem a corrupção e enaltecem o mérito. É este o sentido da nossa liberdade, dos nossos bons costumes. Não há maçonaria fora da aliança destes homens livres e de bons costumes, de carne e osso."

E completava:
"O mundo contemporâneo, afogado em tacanhos materialismos ou dividido pelos dogmatismos religiosos, continua a precisar de quem eleve e una os homens na prática de uma moral universal assente nos superiores princípios da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade e nos seus garantes institucionais da Laicidade, da Cidadania e de Democracia. Ora esse agente de elevação e de unidade moral tem sido desde há séculos a Maçonaria universal. E assim deverá continuar a ser, através das estratégias e dos meios mais adequados aos desafios dos novos tempos.

E quem duvida que Manuel Tito de Morais estaria na linha de frente de todas estas batalhas por uma melhor democracia e por uma sociedade de valores humanistas, jorrando sua admirável determinação como cidadão maçon, laico, republicano e socialista?

E por tudo isso é de inteira justiça que em 2010 se comemore em Portugal o Centenário de Tito de Morais, como ponto muito alto dos100 anos da sua, da nossa República.

Amândio Silva
Lisboa, 30 de Junho de 2010
(Escrito segundo as regras do acordo ortográfico)

© CCTM (127)

30
Jun10

Grande Oriente Lusitano - convite

Luis Novaes Tito

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Conforme planeado e programado decorreu no Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa, às 19:00 horas, uma Sessão Branca que contou com a presença de inúmeros convidados.

Depois das oratórias de Luís Medeiros Ferreira, José Paulo da Silva Graça, Amândio Silva, Manuel Tito de Morais Oliveira, que falou em nome da sua família, e do Grão-Mestre da Maçonaria, António Reis, que encerrou os trabalhos, foram facultados os acessos ao interessante Museu Maçónico.

Muito interessante acção e brilhantes intervenções que realçaram os princípios republicanos de Tito de Morais que aos 80 anos se fez iniciado da maçonaria portuguesa.

© CCTM (126)

30
Jun10

Descerramento do busto de Tito de Morais - imagens iniciais

Luis Novaes Tito

Só uma amostra do descerramento do busto de Tito de Morais que nenhuma televisão passou.

É pena que a assistência apresentada no início seja a que estava muito antes de se ter iniciado a cerimónia. Fica-se com uma ideia errada do número de pessoas presentes.

Igualmente é pena que, dos 4 oradores, só tenham dado imagens de 3 tendo excluído o Manuel Tito de Morais, filho do homenageado, que contou muito do percurso de exílio que teve de fazer com o seu pai. (intervenção no Post anterior)

© CCTM (125)

30
Jun10

Uma vida de luta por um Portugal livre e mais justo

CCTM

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Quero começar por agradecer à Câmara Municipal de Lisboa, em especial ao seu Presidente Dr. António Costa, ao Dr. Manuel Alegre, à Comissão Executiva que organizou estas comemorações na pessoa do Luís Novaes Tito, ao escultor Francisco Simões, ao Partido Socialista que deu todo o apoio logístico e a todos os que se associaram a estas comemorações e nelas participam. Permitam-me também um agradecimento especial ao Presidente do PS, o camarada Almeida Santos, que tem honrado com a sua presença todas as cerimónias destas comemorações.

Caras amigas e amigos, caros camaradas, é com muita honra que estou aqui hoje convosco, com a minha Mãe, as minhas irmãs e meus irmãos e restante família, para neste acto simbólico de descerrar este busto do meu Pai que teria completado 100 anos no passado dia 28 de Junho.

Quando fui escolhido para agradecer em nome da família para falar nestas comemorações hesitei em aceitar.

Primeiro porque sempre tive dificuldade em encontrar palavras para traduzir as minhas emoções e depois ou talvez por isso porque nunca gostei de falar em público. Mas a memória do meu pai e o respeito da luta por um Portugal livre e mais justo, levam-me a fazê-lo.

Eu partilhei com ele a minha infância e juventude, entre Angola, Brasil, Argélia e Itália. Só depois do 25 de Abril, quando ele regressou a Portugal para viver no país livre pelo que tinha combatido, as nossas vidas se separaram.

Vou contar quatro episódios, entre muitos, que o ilustram para mim. O primeiro foi antes de eu nascer, como me foi contado por ele. Quando da campanha do general Norton de Matos, para contornar os obstáculos que o fascismo punha, tinha sido prevista uma manifestação de apoio ao general num teatro. No entanto, encontrava-se a sala com numerosos agentes da PIDE com o intuito de intimidar a assistência.

Foi o meu pai que, ignorando a presença da polícia, se levantou e lançou os vivas ao general que se encontrava no balcão, pondo de pé a assistência. O segundo episódio ocorreu em Angola no seu primeiro exílio fora de Portugal. Ele foi responsável pela electrificação de uma barragem, o Cunene se a memória não me engana. Ele tinha orgulho em recordar que tinha planificado e completado a obra nos prazos previstos. Só quem um dia trabalhou em África, numa zona isolada, e numa altura em as comunicações não existiam, pode perceber o esforço de previsão e supervisão, e a atenção ao detalhe que isso demonstra.

O terceiro episódio que vos queria contar foi quando por lhe serem negadas todas as hipóteses de trabalho em Portugal e na Europa, ele com minha mãe e meu irmão João viajou para o Brasil num barco argentino de imigrantes que partiu de Vigo. A comida a bordo servida à terceira classe onde ele ia, estava estragada. Quando da escala nas Canárias, ele organizou uma greve dos passageiros, impedindo a partida do barco até obter a melhoria das condições.

Por fim, o último episódio ocorreu em 25 de Abril 1974. Ele estava a entrar em Franca, para juntar-se a Mário Soares e Ramos da Costa e apanhar o Sud Express para Portugal. Tinha de o fazer como sempre no carro de um camarada de uma zona fronteiriça neste caso com a Bélgica, apostando que a polícia francesa não fosse controlar o ficheiro. Neste caso teve azar, e a polícia recusou-lhe a entrada. Contou-me ele, quando chegou a Paris, que fez tanto barulho na fronteira que obrigou a presença do chefe da polícia. Foi este, conhecedor do que se estava a passar em Portugal, lhe disse que depois da altercação pública não o podia deixar passar ali, mas ele próprio lhe indicou o caminho por uma fronteira secundária por onde entrar clandestinamente em França.

Foi esta a coragem e determinação que ele consagrou à luta contra o governo fascista. O local escolhido para o acto que nos reúne aqui tem uma forte carga simbólica: estamos paredes-meias com a sede do Partido Socialista, Partido o qual ajudou a fundar com Mário Soares, Ramos da Costa e tantos outros, do mais incógnito militante ao mais conhecido.

Como Manuel Alegre um dia disse, o meu pai era o Partido Socialista antes de o Partido o ser.

Ousaria eu dizer que em certa medida ainda é o Partido Socialista depois de o Partido ser. No princípio dos anos 60, as experiências da luta antifascista e anticolonialista, a própria perseguição de que ele era alvo da parte do regime fizeram-lhe compreender a necessidade de organizar e unir os socialistas numa organização autónoma para isolar o regime fascista ruindo os apoios de que dispunha na Europa ocidental.

Tenho de sublinhar que para esse objectivo, ele contou (Portugal contou) com o apoio total e sem falhas do Partido Socialista Italiano, de muitos dos seus militantes e dirigentes, principalmente Pietro Nenni, Francesco De Martino e Sandro Pertini. Foi o PSI que introduziu os contactos com os outros partidos da Internacional Socialista. Foram esses contactos que minaram as relações entre o regime fascista e as democracias europeias.

Foi o PSI quem permitiu a impressão do Portugal Socialista, que servia de cimento e referência à ASP e depois ao PS. Era um trabalho imenso que eu compartilhei quase sete anos com ele, entre obter os artigos, escrevê-los todos à máquina, corrigir os erros que inevitavelmente os camaradas italianos cometiam a escrever numa língua que não conheciam, recortar as provas para fazer a maqueta e paginação. Depois da impressão ainda era preciso escrever cada mês os endereços em centenas de envelopes, com canetas diferentes, tentando mascarar a escritura para não ser sempre igual. Envelopes que eram depois enviados para correspondentes nos outros partidos da internacional socialista (principalmente Escandinávia, Benelux e Alemanha) de onde eram enviados para Portugal.

Foram também camaradas italianos que vieram inúmeras vezes a Portugal, introduzindo documentos ou dinheiro para as actividades clandestinas, apesar do risco de serem detidos e roubados pela PIDE ao chegar a Portugal, como algumas vezes sucedeu.

Foi também de Itália que meu pai preparou o congresso de fundação do PS para a qual foi advogado ímpar. Além do aspecto político, ocupou-se também da logística do congresso, preparando as pastas para os delegados, copiando as moções a discutir e a declaração de princípios a aprovar.

Essa incansável actividade militante só foi possível também graças à ajuda constante, ao trabalho e ao encorajamento da minha mãe.

Um símbolo do resultado dessa actividade é um desenho de um jornal inglês, The Times, quando da visita que Marcelo Caetano fez a Inglaterra para tentar melhorar a imagem do governo. O núcleo da ASP de Londres, então dirigido por José Neves, com a ajuda do partido trabalhista inglês foi o grande impulsionador de manifestações de hostilidade que marcaram essa visita, transformando-a no contrário do que o regime fascista pretendia. O desenho do Times mostra um grupo compacto de polícias ingleses, entre os pés dos quais surge uma mão estendida que o Primeiro-ministro inglês se apresta a apertar, com a legenda “Dr. Caetano, I presume?”

Quando saí de Itália para estudar para Franca, o meu Pai tinha projectos para fazer um filme sobre a vida do General Humberto Delgado que servisse para tornar consciente da ditadura portuguesa a opinião pública europeia e queria obter dos partidos socialistas o financiamento para lançar uma rádio do partido socialista a partir de um barco ao largo de Portugal no limite das águas internacionais.

No Natal de 1973, quando eu regressava para Franca, depois de ter ido passar as férias em família, ele fez parte do trajecto de comboio comigo. Foi então que ele me anunciou que estava para haver um golpe de estado em Portugal e a sua certeza de que o fim do fascismo estava para breve. Confesso que apesar da convicção inabitual do seu olhar, não acreditei que assim acontecesse e pensei que seria mais uma das desilusões como tinha havido muitas. Quando o voltei a ver, foi em casa de Mário Soares em Paris aonde eu me encontrava a filtrar os telefonemas e tentar apanhar num pequeno transístor a Emissora Nacional e a rádio Clube. Quando ele chegou, vindo do episódio a que já me referi, ficou-me marcado para sempre a alegria sem nome que vi no seu olhar profundo e penetrante que todos os que o conheceram recordam.

Depois disso a história já é mais conhecida, e outros muito melhor do que eu já a contaram. É este o testemunho que queria oferecer do homem e dos feitos que a Câmara Municipal de Lisboa hoje aqui homenageia.

Muito Obrigado.

Manuel Tito de Morais
2010.06.30

© CCTM (124)

30
Jun10

Homenagem dos cidadãos de Lisboa

Luis Novaes Tito

Quando ao meio-dia se descerrou o busto de Tito de Morais na confluência da Rua das Amoreiras com a Dom João V, ao Largo do Rato, os cidadãos de Lisboa passaram a ter mais memória para a necessidade de nunca cruzarem os braços perante as adversidades e o fatalismo.

Por outras palavras igualmente sentidas foi isto que António Costa quis dizer.

Antecedido por Manuel Alegre que num forte discurso descreveu Tito de Morais como um Homem de símbolos e simbologias, um Homem de princípios de que nunca abdicou em toda a sua vida, mesmo quando foi confrontado com o pior e mais brutal que o regime do Estado Novo tinha para oferecer a quem dele discordava.

Já antes Manuel Tito de Morais, filho do homenageado, tinha feito a demonstração da têmpera de seu pai ao relatar a vida de exílio em que o acompanhou.

O escultor Francisco Simões que iniciou as alocuções com um discurso onde frisou o carácter de combatente de Tito de Morais e a resistência que Tito sempre fez às derivas da Declaração de Princípios do PS, fez questão em frisar o orgulho que sentia por ter deixado o seu cunho na arte pública que fica de atalaia ao muro da Sede Nacional Do Partido Socialista.

Presentes, para além do Presidente do Partido Socialista, Almeida Santos, muitos vereadores da CML, diversas entidades e individualidades e muitos cidadãos de Lisboa e também militantes do Partido Socialista que não quiseram deixar de se associar a esta homenagem.

© CCTM (123)

30
Jun10

Busto de Tito de Morais - agenda

Luis Novaes Tito

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Ao fim da tarde de ontem, faziam-se os últimos preparativos para que Manuel Tito de Morais passe a ter, a partir de hoje ao meio-dia, a homenagem que Lisboa lhe deve.

Perto, quase encostado ao muro da Sede Nacional do PS, como um marco em reconhecimento de uma vida dedicada às ideias da liberdade, da solidariedade, da fraternidade e de igualdade de oportunidades que o Tito sempre quis que fossem as bases do seu Partido Socialista.

O busto que António Costa vai descerrar numa sessão onde Manuel Alegre não deixará de evocar essas ideias defendidas com enormes custos por Tito de Morais, é uma memória em bronze para que nunca se esqueça que esses princípios são um bem que exigem luta e conquista todos os dias.

Usarão ainda da palavra o escultor Francisco Simões e Manuel Tito de Morais, filho do homenageado.

© CCTM (121)

29
Jun10

Homenagem Nacional - Assembleia da República

CCTM

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Depois de ser sido lançado e posto em circulação um “postal-inteiro” comemorativo do centenário de nascimento de Tito de Morais, da autoria dos CTT, numa cerimónia realizada na Assembleia da República que contou com a apresentação de Pedro Coelho pelos CTT, Jaime Gama, anfitrião do evento e Carolina Tito de Morais, filha mais velha de Manuel Tito de Morais e Presidente da Comissão Executiva das CCTM, deu-se início, na sala da biblioteca, à Homenagem Nacional ao antigo presidente da Assembleia da República.

Usaram da palavra, Luís Barbosa, presidente da AEDAR, Domingos Abrantes pelo PCP, Fernando Rosas pelo BE, Narana Coissoró pelo CDS, Mota Amaral pelo PSD, Maria de Belém Roseira pelo PS, Carolina Tito de Morais pela família e pela Comissão Executiva e o Presidente, Jaime Gama, que encerrou a sessão.

Numa sala repleta de individualidades representantes dos diversos órgãos de soberania, do poder judicial e do poder local, antigos e actuais Deputados, dirigentes sindicais, representantes das diversas Ordens, familiares de Tito de Morais e membros das Comissão de Honra e Executiva das Comemorações e muitos outros convidados e cidadãos que quiseram participar nesta homenagem nacional, foi unânime o reconhecimento da importância que Manuel Alfredo Tito de Morais teve na luta pela democracia e na sua consolidação no pós 25 de Abril.

Todos lhe reconheceram o papel fundamental que desempenhou, primeiro a favor da liberdade e, depois do movimento militar que derrubou a ditadura, a favor do desenvolvimento social das populações e da dignificação da função parlamentar, para ele símbolo maior da democracia portuguesa.

Tratou-se de um acto raro de grande unidade que muito honrou a Casa do Povo, como Tito de Morais gostava de chamar à Assembleia da República.

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© CCTM (119)

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Nota do Webmaster (2022)

Este Blog está, como se pode ler no "feed", selado para memória desde o dia 2010.07.29, data em que a Comissão Executiva das Comemorações do Centenário do nascimento de Tito de Morais se extinguiu.
O tempo (12 anos), em termos de evolução tecnológica, é inimigo das selagens e o Blog, para que continue a reflectir a memória, teve de ser tecnicamente “desselado” para manutenção.
Na minha qualidade de webmaster reactivei as imagens, uma vez que a base de dados onde estavam alojadas foi descontinuada, e procedi a alguns ajustes para permitir que este acervo se mantenha funcional. Estes trabalhos decorreram entre 14 e 25 de Setembro de 2022
Se em relação ao texto fica a garantia de praticamente nada ter sido alterado, com excepção de alguns links externos entretanto quebrados ou já inexistentes, já no grafismo original houve que fazer pequenos acertos.
A nota justificativa está registada na última (primeira) página do Blog.
Luís Novaes Tito
luismariatito@gmail.com
2022.09.25

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