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CCTM

Comemorações do Centenário do nascimento de Manuel Tito de Morais

28
Jul10

Relatório final das CCTM

Luis Novaes Tito

RelatorioFinalCTTM01.jpg

 Relatório do Coordenador da Comissão Executiva
das
Comemorações do Centenário de Tito de Morais

Aprovado por unanimidade e aclamação
2010.07.14

Preâmbulo
Com este relatório pretende-se fazer um resumo sucinto das actividades desenvolvidas por esta Comissão Executiva (CE) e deixar registo que encerre as suas actividades. Depois de aprovado na reunião da CE a realizar no dia 14 de Julho de 2010 deverá ser divulgado. Propõe-se que seja dado conhecimento deste relatório e do documento “Organização e Objectivos” da Comissão Executiva das CCTM ao Presidente da Comissão de Honra e aos principais intervenientes nas acções que foram implementadas.

Enquadramento
No segundo semestre de 2008, a filha mais velha de Manuel Alfredo Tito de Morais, Maria Carolina Tito de Morais Oliveira, começou a reunir familiares e amigos a quem transmitiu a ideia de promover, em 2010, uma homenagem nacional a seu pai por ocasião do centenário do seu nascimento e, nessa altura, constituir uma fundação ou associação que abarcasse não só a memória de Manuel Alfredo, mas também a de Tito Augusto de Morais, seu pai, e as de Maria Palmira Tito de Morais e Augusto Tito de Morais, seus irmãos.

Lançada a ideia e constituído o grupo pró-comissão executiva, iniciaram-se diversos encontros em casa de Maria Carolina que, de forma informal, estabeleceram como objectivos gerais, entre outros, a criação de uma Comissão Executiva, de uma Comissão de Honra, de uma fundação ou associação Tito de Morais, de uma homenagem nacional na Assembleia da República, do descerramento de uma obra de arte pública no município de Lisboa que evoque Manuel Tito de Morais e da construção e a edição de uma fotobiografia.

A inexistência de fundos para realizar estas acções e a composição deste grupo ad-hoc integrado por cidadãos em regime de voluntariado, muitos só com disponibilidade pós-laboral, determinou que se constituísse uma Comissão Executiva coordenada centralmente, mas composta de núcleos executivos com responsabilidade directa na consecução de cada um dos objectivos (Grupos de Trabalho) organizados e coordenados por um responsável e supervisionados por um coordenador-geral, que responderiam perante o plenário da Comissão Executiva. Para além destes GTs, todas as componentes de monitorização, de organização e de administração ficaram a cargo da CE composta pela presidente, pelo coordenador-geral, pela comissão de finanças e por todos os membros que constituíram os GTs.

Dado a ligação histórica do homenageado à fundação e organização da ASP e depois do Partido Socialista, estabeleceram-se contactos privilegiados com o Secretariado Nacional do PS com o intuito de fixar a sede da CE na Sede Nacional do Partido Socialista e fazer do PS o seu primeiro e mais importante parceiro.

A partir daí e conseguido o apoio logístico do Partido Socialista, desenvolveram-se os contactos fundamentais para promover o envolvimento de pessoas, organizações públicas e entidades privadas que garantissem a concretização do projecto. Obtido o assentimento genérico de Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República (AR), António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), de António Almeida Santos, Presidente do Partido Socialista (PS) e de Mário Soares, Presidente da Fundação Mário Soares (FMS) iniciou-se o planeamento e programação das acções. O escultor Jorge Melício, membro fundador da CE, apresentou a maqueta do seu projecto de arte pública que mais tarde veio a retirar por dificuldades de negociação com a CML. Perante isto a CE convidou o escultor Francisco Simões que, tendo de imediato aceite, acabou por concretizar a construção do busto de Tito de Morais.

Das diversas propostas de editores para a elaboração da fotobiografia, o Partido Socialista seleccionou a editora Guerra e Paz, tendo ficado acordado que adquiria 600 exemplares do livro, condição da editora para produzir a obra cujos conteúdos foram da responsabilidade integral da Comissão Executiva que, entretanto, já estava a trabalhar em pleno para concretização dos objectivos que tinha estabelecido.

Já no decurso do planeamento das acções pela Comissão Executiva foi decidido criar um Blog da Comissão Executiva para registo e divulgação das CCTM, com replicações para as redes sociais. Foi igualmente decidido solicitar à RTP a produção de um documentário sobre a vida de Tito de Morais e uma acção no Grande Oriente Lusitano.

Destaques no decurso dos trabalhos:
O falecimento de Raquel Reis (membro fundadora da CE)
A anuência do Senhor Presidente da República para presidir à Comissão de Honra e a anuência do Senhor Presidente da Assembleia da República, do Senhor Primeiro-Ministro e de todos os Presidentes dos Tribunais para integrarem a CH, facto que deu a estas CCTM a relevância de Comemorações Nacionais.

Contas
Ficam anexas a este relatório, as contas apresentadas pela Comissão de Finanças. A realização dos nossos trabalhos não obrigou à manipulação de qualquer monetário. As acções desenvolvidas foram directamente pagas pelas diversas entidades que promoveram os eventos a quem lhes prestou serviços. A impressão do catálogo-programa da autoria da CE constituiu um donativo sem quaisquer contrapartidas.

Material produzido:

Pela CE:
A fotobiografia de Manuel Tito de Morais;
O marcador do livro da fotobiografia;
O desdobrável-tríptico destinado às estruturas do Partido Socialista (com a colaboração gráfica da Fundação Junção do Bem e gráfica e tipográfica do Partido Socialista);
O catálogo-programa das CCTM (com a colaboração gráfica de Martins Lemos, Ldª e tipográfica de a Triunfadora);
O Blog da CE das CCTM (http://titomorais.blogs.sapo.pt) da autoria, administração e manutenção técnica do coordenador da CE das CCTM; 
O mural e eventos nas Redes Sociais (Facebook, Twitter e Plaxo); e
Os Estatutos da Associação Tito de Morais.

Pela AR:
A brochura biográfica de Tito de Morais;
Os convites para o descerramento da placa comemorativa da casa de Lisboa de Tito de Morais e para a sessão de Homenagem na Assembleia da República.

Pela CML:
O busto em bronze de autoria de Francisco Simões e a respectiva base em pedra;
Os convites para a sessão de abertura das CCTM no Palácio Galveias e para o descerramento do busto de Tito de Morais. 

Pelos CTT:
O postal-inteiro comemorativo do Centenário do Nascimento de Tito de Morais.

Pela FMS:
Os diversos painéis para a exposição fotográfica patente na sessão na FMS; 
Os convites para a sessão realizada na FMS.

Pelo GOL:
Os convites para a sessão realizada no Grande Oriente Lusitano.

Pela RTP:O documentário “Manuel Tito de Morais – Antes Quebrar que Torcer” produzido e realizado pela Panavídeo. 

Pelo PS
Edição Especial Comemorativa do Portugal Socialista (os convites aos autores dos depoimentos e a recolha, revisão e alinhamento dos textos foi da responsabilidade da CE);
Edição e publicação no Acção Socialista de diversos artigos sobre as actividades da CE, mobilização das estruturas do PS, divulgação do Voto de Homenagem a ser aprovado pelas diversas estruturas do PS, cobertura da Conferência de Imprensa e cobertura de diversos eventos no âmbito da semana de comemorações;
A placa evocativa de Tito de Morais, em liga metálica, afixada na entrada da Sede Nacional;
Os Roll Up usados em diversos eventos das CCTM;
A impressão do desdobrável-tríptico;
A impressão de cartões, papel timbrado e envelopes da CE;
Os convites para a sessão realizada na Sede Nacional.

Eventos produzidos:

• Lançamento da fotobiografia na Livraria Bertrand do Chiado. - Oradores: Teresa Loureiro, Guilherme d’Oliveira Martins e Nuno Tito de Morais Ramos de Almeida. - Assistência diversificada composta por muitos membros da Comissão de Honra e todos da Comissão Executiva, pelo Presidente do PS, personalidades ligadas à cultura, convidados e cidadãos em geral.
• Passagem do documentário "Antes quebrar que torcer" numa produção da Panavídeo para a RTP2 (e RTPi).
Sessão de abertura das CCTM no Palácio Galveias (cedência gratuita do edifício municipal pela CML). - Oradores: Catarina Vaz Pinto, Luís Novaes Tito, Pedro Coelho, Teresa Loureiro, Fernando Rosas e Teresa Tito de Morais Mendes. - Funcionou uma banca de venda da fotobiografia (da responsabilidade da editora). - Foi servido um porto de honra nos jardins do palácio. - Assistência diversificada com destaque para a Embaixadora da Argélia;
Descerramento da placa comemorativa na casa de Lisboa onde viveu Tito de Morais, uma acção conjunta da Assembleia da República e da Associação dos ex-deputados da Assembleia da República (AEDAR). - Oradores: Luís Barbosa, Manuel Tito de Morais Oliveira e Jaime Gama. -Descerramento com a Bandeira Nacional. - Assistência composta por deputados e ex-deputados da AR, Presidente do PS, elementos da CE e da CH, convidados e cidadãos em geral.
Emissão do postal-inteiro, uma acção conjunta dos Correios e Telecomunicações de Portugal (CTT) e da AR. - Oradores: Pedro Coelho e Carolina Tito de Morais. - Aposição por Jaime Gama, Pedro Coelho e Carolina Tito de Morais do carimbo comemorativo em diversos exemplares. - Assistência composta por deputados e ex-deputados da AR, representantes dos Grupos Parlamentares, Ministro dos Assuntos Parlamentares, representantes do Poder Judicial, representantes das Centrais Sindicais, das Confederações Patronais e das diversas Ordens profissionais, elementos da CE e da CH das CCTM, convidados e cidadãos em geral.
Sessão de homenagem nacional da Assembleia da República. - Oradores: Luís Barbosa (AEDAR), Domingos Abrantes (PCP), Fernando Rosas (BE), Narana Coissoró (CDS), Mota Amaral (PSD), Maria de Belém Roseira (PS), Carolina Tito de Morais (CE) e Jaime Gama (PAR). - A sessão decorreu na biblioteca da AR. - Esteve patente uma pequena exposição/mostra de documentação e imagem produzida no período em que Tito de Morais foi Presidente da AR. - Foi distribuída a brochura biográfica produzida pelos Serviços da Assembleia da República. - Foi servido um “porto de honra”. - Assistência composta por deputados e ex-deputados da AR, representantes dos Grupos Parlamentares, Ministro dos Assuntos Parlamentares, representantes do Poder Judicial, representantes das Centrais Sindicais e do Sindicato dos Jornalistas, das Confederações Patronais e de diversas Ordens Profissionais, elementos da CE e da CH das CCTM, convidados e cidadãos em geral.
Descerramento do busto de Tito de Morais pela Câmara Municipal de Lisboa. - O busto em bronze assente em base de pedra ficou implementado no jardim público na confluência da Rua das Amoreiras com a Dom João V, ao Largo do Rato. - Foi descerrado pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa e pelos filhos e netos de Tito de Morais. - Foi tocado o Hino Maria da Fonte. - Oradores: Francisco Simões (escultor), Manuel Tito de Morais, Manuel Alegre e António Costa. - Assistência composta por muitos vereadores da Câmara Municipal de Lisboa, pelo Presidente e membros do Secretariado Nacional do PS, deputados da AR, elementos da CE e da CH das CCTM, convidados e cidadãos em geral, entre eles muitos munícipes de Lisboa.
Sessão de Homenagem no Grande Oriente Lusitano. - Oradores: Luís Medeiros Ferreira, José Paulo da Silva Graça, Amândio Silva, Manuel Tito de Morais Oliveira e António Reis. - Sessão Branca. - Visita ao Museu Maçónico. - Assistência composta por elementos da CE, por familiares de Tito de Morais e por convidados do GOL.
Escritura da Associação Tito de Morais. - Apresentação e escritura dos Estatutos da Associação o Acto notarial. - Assistência composta por elementos da CE, por familiares de Tito de Morais e pelos fundadores da Associação.
Sessão histórica na Fundação Mário Soares. - Oradores: Mário Soares, Medeiros Ferreira, Pezarat Correia e Isabel Tito de Morais Correia Pires. - A sessão decorreu no auditório da FMS. - Esteve patente uma pequena exposição fotográfica e documental promovida pela Fundação. - Foi servido um "porto de honra". -  Assistência diversificada composta por deputados, elementos da CE e da CH das CCTM, convidados da FMS e cidadãos em geral.
Homenagem da Comissão Executiva e do Partido Socialista. - Deposição de flores junto ao busto de Tito de Morais.
Sessão de encerramento das CCTM no Palácio Praia – Sede Nacional do Partido Socialista. - Descerramento de uma placa comemorativa na entrada da Sede Nacional do PS. - Descerramento com a Bandeira do Partido Socialista. - Tocou o Hino Oficial do Partido Socialista. - Sessão evocativa nos jardins do palácio. - Oradores: José Sócrates, José Neves, Carolina Tito de Morais e António de Almeida Santos. - Lançamento e distribuição do número especial do Portugal Socialista. - Tocou e cantou-se o Hino Nacional. - Funcionou uma banca de venda da fotobiografia (da responsabilidade da editora). - Foi servido um “porto de honra” nos jardins do palácio. - Assistência composta essencialmente pela direcção do Partido Socialista, fundadores do PS, elementos da CE e da CH das CCTM, membros dos órgãos distritais e concelhios e por militantes do PS.

 

Acervo entregue à Associação Tito de Morais:
- Dois exemplares da Fotobiografia da autoria da Comissão Executiva das CCTM editada pela Guerra e Paz. - Diversos exemplares do marcador de Livros da fotobiografia. - Um exemplar da brochura biográfica produzida pela Assembleia da República. - Diversos exemplares do catálogo-programa da autoria da CE das CCTM. - Diversos exemplares do desdobrável-tríptico da autoria da CE das CCTM. - Dois exemplares da edição especial comemorativa do Portugal Socialista.  Dois exemplares do postal-inteiro com carimbo do dia dos CTT/Assembleia da República. - Um poster do roll-up das CCTM. - Listagem final da Comissão de Honra. - Correspondência recebida e produzida no decurso dos trabalhos das CCTM. - O presente relatório. - O relatório de contas da CE. -Documento "Organização e Objectivos" da CE das CCTM. - Texto base da fotobiografia. - Cartas convite para a Comissão de Honra, Listagem de membros e colectânea de respostas. - Carta convite para depoimentos no Portugal Socialista, Listagem de convidados e colectânea de textos recebidos. - Carta convite e Voto de Homenagem enviados a todas as estruturas do PS, listagem e colectânea de respostas. - Listagem dos convidados da Comissão Executiva.

 

Recomendações à Associação Tito de Morais:
A ATM deverá recolher e compilar todos os registos efectuados no decurso das CCTM, em todos os suportes, como por exemplo, o documentário "Antes quebrar do que torcer", os filmes promocionais produzidos, os registos multimédia e fotográficos da AR, CML, PS, FMS, depoimentos e discursos dos diversos interventores e todo o registo feito no Blog da Comissão Executiva. Deverá ainda solicitar ao Partido Socialista uma colecção do Acção Socialista composta pelas edições deste jornal no período entre 2008 e o final de 2010.

 

São referências deste relatório:
- As Actas da Comissão Executiva, que tiveram como relatora até ao seu falecimento Raquel Reis, e posteriormente Luísa Tito de Morais e, nas suas faltas, Teresa Tito de Morais Mendes. - O documento “Organização e Objectivos” da CE das CCTM. - O catálogo-programa das comemorações. - O texto da carta-convite para a Comissão de Honra. - O texto da carta-convite para depoimentos no Portugal Socialista. - A carta convite para aprovação do Voto de Homenagem.

 

Nota final

Só com o civismo e o esforço desinteressado desta Comissão Executiva foi possível realizar um tão grande e importante número de acções. Só com o envolvimento das entidades e personalidades que anuíram à Comissão de Honra com destaque para o Senhor Presidente da República, Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva, que a presidiu, se permitiu dar impacto nacional às CCTM. Só com a participação activa do Presidente do PS, Dr. António de Almeida Santos, tanto nos trabalhos da CE como nos actos por ela promovidos, foi possível levar as acções do PS a bom-porto. Só com a boa-vontade e colaboração dos diversos promotores intervenientes foi conseguido o sucesso da homenagem que nos propusemos fazer a Manuel Alfredo Tito de Morais. Só com o envolvimento dos nossos convidados, convidados dos promotores e cidadãos em geral, foram atingidos os objectivos planeados.

É a própria Nação que está de parabéns por ter conseguido concretizar a justa homenagem que Tito de Morais merecia e através dela se ter passado a mensagem sobre o exemplo que deixa às gerações vindouras.

Apesar do silêncio, com raras excepções, da Comunicação Social, que diminuiu o impacto do nosso apelo à ética e aos princípios que através das CCTM queríamos fazer chegar ao País, temos razões para estar orgulhosos com a realização de todos os nossos principais objectivos. Roçámos a excelência.

Deixo a todos uma saudação fraterna e agradecida por me terem dado a honra de coordenar todo o esforço desenvolvido.

Lisboa, 14 de Julho de 2010
Luís Novaes Tito
Coordenador da CE das CCTM

© CCTM (173)

07
Jul10

RTPi (internacional), hoje, 07 de Julho, às 23 horas

Luis Novaes Tito

Documentário sobre a vida de Tito de Morais a passar na RTPi (internacional), hoje, dia 07 de Julho de 2010, às 23:00 horas.
Ver o vídeo oficial da promoção (diferente do publicado neste Blog) e o teaser banda sonora da Panavídeo.

Sinopse pode ser vista aqui, no Facebook das CCTM

© CCTM (146)

26
Jun10

RTP2, hoje, 26 de Junho, às 21 horas

CCTM

(Trailer Integral)

Documentário sobre a vida de Tito de Morais a passar na RTP2, hoje, dia 26 de Junho de 2010, às 21:00 horas.

Pode igualmente ver o vídeo oficial da promoção e o teaser banda sonora no site da Panavídeo. (link indisponível)

 Sinopse do Documentário Manuel Tito de Morais – Antes Quebrar que Torcer

Exílio. Prisão. Perseguição. Clandestinidade. Tortura. Conspiração. Luta. Privação. Sacrifício. Conquista. Construção. Renúncia. Convicção.
Manuel Tito de Morais – 1910-1999

Irene Flunser Pimentel, Mário Soares, António Guterres, Almeida Santos, Jaime Gama, Manuel Alegre, António Capucho, Carlos Brito, Adriano Moreira, Pedro Pezarat Correia, Adelino Tito de Morais, António Reis, Carolina Tito de Morais, Luís Novaes Tito, Luisa Tito de Morais, M. Conceição Tito de Morais Pires, Pedro Tito de Morais e Teresa Tito de Morais Mendes, testemunham sobre Manuel Tito de Morais e sobre uma época de quase meio século de ditadura e a sua transição para a Democracia. “Antes Quebrar que Torcer”, um documentário biográfico sobre o político Manuel Tito de Morais.

Manuel Tito de Morais deu os primeiros passos no rescaldo da implantação da República em 1910, um momento histórico para o qual o seu pai muito contribuiu, ao bombardear o Palácio das Necessidades e provocar a fuga da família real. E a verdade é que os valores que nortearam a implantação da República – liberdade, igualdade, fraternidade – serviram de inspiração à longa vida de Tito de Morais.

Desde muito jovem que se manifestou contra a ditadura, sendo desde logo uma voz dissonante e contra a corrente. Por isso foi perseguido, preso, torturado. Teve dois casamentos e oito filhos e a sua família sofreu também o preço dos seus ideais. Viveu em Angola, onde conheceu o lado mais violento do regime. Seguiram-se os exílios no Brasil, em Argel e em Itália. Foi alvo de uma tentativa de emboscada que lhe poderia ter custado a vida. Liderou importantes movimentos de oposição ao regime a partir do exterior. E sem nunca desistir, conseguiu impor a sua visão: criar um Partido Socialista. “Ele já era do Partido Socialista antes do Partido Socialista o ser”, diz Manuel Alegre.

A liberdade por que tanto lutou chegou finalmente quando tinha 64 anos. Regressou do exílio no célebre “comboio da liberdade” com os seus companheiros de luta Mário Soares e Ramos da Costa. Quando parecia que já não havia mais nada para fazer, arregaçou as mangas e dedicou-se à organização do Partido na legalidade. Vieram as conquistas da democracia e da liberdade, mas também as divergências. Foi Secretário de Estado e Presidente da Assembleia da República, mas nunca se deixou corromper pelo deslumbre do poder. Renunciou a deputado quando a orientação do Partido não era que ele defendia e manifestou-se contra as coligações no governo. “Sem ele, a história recente da Democracia não teria sido a mesma” diz António Guterres. Intransigente e teimoso, diz quem o conheceu que Manuel Tito de Morais era de antes quebrar que torcer.

Duração: 58’

Realização – Pedro Clérigo
Jornalista/Guião – Anabela Almeida
Dir. Fotografia/ Imagem – Jorge Afonso
Banda Sonora Original– António José de Almeida
Pós-Produção Áudio – Samuel Rebelo
Pós-Produção HD - Pedro Clérigo
Coordenação Geral Panavídeo – Telma Teixeira da Silva
Produção - Panavídeo

© CCTM (107)

17
Jun10

Antes Quebrar que Torcer

CCTM

 Segmento do videoclip promocional do documentário sobre a vida de Tito de Morais a passar na RTP2, dia 26 de Junho de 2010, às 21:00 horas

Sinopse Documentário

Manuel Tito de Morais – Antes Quebrar que Torcer

Exílio. Prisão. Perseguição. Clandestinidade. Tortura. Conspiração. Luta. Privação. Sacrifício. Conquista. Construção. Renúncia. Convicção. Manuel Tito de Morais – 1910-1999

Irene Flunser Pimentel, Mário Soares, António Guterres, Almeida Santos, Jaime Gama, Manuel Alegre, António Capucho, Carlos Brito, Adriano Moreira, Pedro Pezarat Correia, Adelino Tito de Morais, António Reis, Carolina Tito de Morais, Luís Novaes Tito, Luisa Tito de Morais, M. Conceição Tito de Morais Pires, Pedro Tito de Morais e Teresa Tito de Morais Mendes, testemunham sobre Manuel Tito de Morais e sobre uma época de quase meio século de ditadura e a sua transição para a Democracia. “Antes Quebrar que Torcer”, um documentário biográfico sobre o político Manuel Tito de Morais.

Manuel Tito de Morais deu os primeiros passos no rescaldo da implantação da República em 1910, um momento histórico para o qual o seu pai muito contribuiu, ao bombardear o Palácio das Necessidades e provocar a fuga da família real. E a verdade é que os valores que nortearam a implantação da República – liberdade, igualdade, fraternidade – serviram de inspiração à longa vida de Tito de Morais.

Desde muito jovem que se manifestou contra a ditadura, sendo desde logo uma voz dissonante e contra a corrente. Por isso foi perseguido, preso, torturado. Teve dois casamentos e oito filhos e a sua família sofreu também o preço dos seus ideais. Viveu em Angola, onde conheceu o lado mais violento do regime. Seguiram-se os exílios no Brasil, em Argel e em Itália. Foi alvo de uma tentativa de emboscada que lhe poderia ter custado a vida. Liderou importantes movimentos de oposição ao regime a partir do exterior. E sem nunca desistir, conseguiu impor a sua visão: criar um Partido Socialista. “Ele já era do Partido Socialista antes do Partido Socialista o ser”, diz Manuel Alegre.

A liberdade por que tanto lutou chegou finalmente quando tinha 64 anos. Regressou do exílio no célebre “comboio da liberdade” com os seus companheiros de luta Mário Soares e Ramos da Costa. Quando parecia que já não havia mais nada para fazer, arregaçou as mangas e dedicou-se à organização do Partido na legalidade. Vieram as conquistas da democracia e da liberdade, mas também as divergências. Foi Secretário de Estado e Presidente da Assembleia da República, mas nunca se deixou corromper pelo deslumbre do poder. Renunciou a deputado quando a orientação do Partido não era que ele defendia e manifestou-se contra as coligações no governo. “Sem ele, a história recente da Democracia não teria sido a mesma” diz António Guterres. Intransigente e teimoso, diz quem o conheceu que Manuel Tito de Morais era de antes quebrar que torcer.

Duração: 58’

Realização – Pedro Clérigo

Jornalista/Guião – Anabela Almeida

Dir. Fotografia/ Imagem – Jorge Afonso

Banda Sonora Original– António José de Almeida

Pós-Produção Áudio – Samuel Rebelo Pós-Produção

HD - Pedro Clérigo

Coordenação Geral Panavideo – Telma Teixeira da Silva

© CCTM (101)

04
Jan10

Socialista de antes quebrar do que torcer

CCTM

DepoimentoAntonioReis01.jpg

Conheci pessoalmente o Manuel Tito de Morais em Agosto de 1973, quando, na companhia de Sottomayor Cardia e de Marcelo Curto, me desloquei a Paris para participar nas reuniões do Secretariado do Partido Socialista, destinadas a ultimar a primeira Declaração de Princípios e o primeiro Programa do PS, ainda na clandestinidade. Tinha 25 anos muito sangue na guelra e uma certa desconfiança ideológica em relação à “velha guarda” do PS, que suspeitava de inaceitáveis tentações reformistas social-democratas... Qual não foi, porém, o meu espanto ao confrontar-me com o radicalismo programático tanto do Tito como do Ramos da Costa, que o Mário Soares e o Campinos tentavam sem êxito sofrear, em intermináveis discussões numa sala da sede da Fundação ligada ao PS francês! Surpreendido com aqueles aliados inesperados, a corrente de simpatia e amizade mútua rapidamente se estabeleceu para não mais se perder. E quantas vezes não dei por mim, ao longo destes 23 anos, a ver-me superado em determinação, arreigadas convicções, intransigência ideológica ou simplesmente estratégica, pelo Manuel Alfredo, socialista de antes quebrar do que torcer.

Na resistência à ditadura, na revolução, no poder e na oposição em regime democrático, nunca o Tito se deixou enlear pelos cantos de sereia das atitudes acomodatícias e dos oportunismos tácticos ou pelos “diktats” do realpolitik” frutos tantas vezes de um pragmatismo sem alma. Excessivo e teimoso na sua coerência ideológica? Ingénuo num mundo que persiste em ignorar a utopia e em deitar por terra tantos e tão nobres ideais? Provavelmente sim, em parte. Mas o que seria de nós se não tivéssemos alguém, como ele, com coragem e determinação para, em cada encruzilhada, nos alertar contra as tentações capitulacionistas e contra as ingenuidades de sinal contrário, que também as há? Por isso, o Tito permanece uma referência ética e moral no nosso Partido, cujo exemplo de vida e cuja voz se impõem à consciência de cada militante e de cada dirigente.

Sei que, na sua modéstia de revolucionário e socialista íntegro, ele detesta homenagens, porventura suspeitando também dos refinados exercícios de hipocrisia ou instrumentalização de uma vida a que tais ocasiões tantas vezes se prestam. Mas estou convicto de que ele saberá interpretar esta iniciativa, em boa hora levada a cabo por camaradas militantes de base e não pela direcção do Partido, como a expressão sadia e sincera de um sentimento de admiração por tudo o quanto ele representa no coração dos socialistas deste País e de um desejo de ver os valores por que sempre lutou mais presentes no quotidiano do PS e na acção dos seus governantes. Em tempos de tentações mediáticas de instituir um “jet-set rosa” em tudo idêntico ao “jet-set laranja”, bom é que meditemos um pouco neste exemplo de coerência e austeridade, a fazer lembrar as velhas virtudes cívicas republicanas, hoje infelizmente esquecidas.

António Reis

Fonte: Portugal Socialista 214 – Outubro de 1996

© CCTM (50)

03
Dez09

Reconhecer a mestria

Luis Novaes Tito

1983LisboaBarcoPolacoARTitoMoraisLuis01.jpg

Primeiro conheci-lhe a voz, depois os feitos e só após a Revolução vim a conhecê-lo pessoalmente. Trabalhei com ele no seu Gabinete quando foi Secretário de Estado do Emprego, no VI Governo Provisório e como seu Secretário Pessoal quando, no I Governo Constitucional, foi Secretário de Estado da População e Emprego. Ao ser eleito Presidente da Assembleia da República, Manuel Tito de Morais nomeou-me seu adjunto, a quem ele apelidava do seu jovem de confiança pessoal e política, com quem partilhava todas as cumplicidades de quem desempenhava tão elevado cargo e com quem trabalhava, sempre, mais de doze horas por dia.

Do Tito guardo imagens que me marcaram para toda a vida e do seu exemplo fiz o meu padrão político. No que alguns reconheciam teimosia, identifiquei sempre determinação. No que outros apelidavam casmurrice, sabia-lhe eu a integridade moral, política e cívica. No que ainda outros caracterizavam de intransigência identificava-lhe rectidão, coerência e insubmissão.

Manuel Tito de Morais era notável pela capacidade de trabalho, pelo profissionalismo, pelo sentido do dever e principalmente por nunca se deixar deslumbrar pelo poder ou pelas honrarias. O seu slogan de "antes quebrar que torcer" faziam dele um incorrupto puro onde nem o dinheiro nem o poder puderam fazer germinar qualquer apetência inconciliável com o seu percurso, aquilo que ele designava como ética republicana.

Homem corajoso, afável, com um humor fino e sagaz. Homem de pensamento limpo, de estratégia brilhante e de visão que lhe permitia antecipar cenários e preparar-se para eles.

Recordo sempre Tito de Morais com o carinho que merecem aqueles a quem consideramos mestres de vida. Ao longo do tempo de vida deste Blog não me faltarão oportunidades para relatos e episódios. Assim não me falhe a memória para os poder recordar.

Imagem: Assinatura do Livro de Honra do Navio-escola polaco. (1983)

© CCTM (17)

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Nota do Webmaster (2022)

Este Blog está, como se pode ler no "feed", selado para memória desde o dia 2010.07.29, data em que a Comissão Executiva das Comemorações do Centenário do nascimento de Tito de Morais se extinguiu.
O tempo (12 anos), em termos de evolução tecnológica, é inimigo das selagens e o Blog, para que continue a reflectir a memória, teve de ser tecnicamente “desselado” para manutenção.
Na minha qualidade de webmaster reactivei as imagens, uma vez que a base de dados onde estavam alojadas foi descontinuada, e procedi a alguns ajustes para permitir que este acervo se mantenha funcional. Estes trabalhos decorreram entre 14 e 25 de Setembro de 2022
Se em relação ao texto fica a garantia de praticamente nada ter sido alterado, com excepção de alguns links externos entretanto quebrados ou já inexistentes, já no grafismo original houve que fazer pequenos acertos.
A nota justificativa está registada na última (primeira) página do Blog.
Luís Novaes Tito
luismariatito@gmail.com
2022.09.25

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