Numa estafeta de transmissores
Nos alvores do Dia em que Portugal gosta de se relembrar, é Manuel Alfredo Tito de Morais que lembro.
Bom ouvidor, perspicaz e modesto, o considero exemplo vivo da Igualdade, da Fraternidade e da Liberdade, qualidades que fertilizam a Justiça e enobrecem da única forma aceitável de Nobreza que é conferir Dignidade a todo o Ser Humano.
Tive a honra de com ele trabalhar e merecer a sua Amizade.
Poderia, mas não devo ainda, falar de substâncias e circunstâncias e de, através disso, distingui-lo por tão diferente ser num meio em que a pureza do ideário cedia (cede) ao primeiro acenar dos interesses mais espúrios.
Às portas do centenário do seu nascimento vejo-o firme nas suas convicções e respeitador das diferenças, seguro de que un bel di vedremo...sull'estremo confin del mare nascer um mundo em que valeu a pena ter combatido pelo bem até de quem nos combateu.
Reconvocar a sua Memória, perpetuando o seu exemplo de vida, é continuar a sua luta numa estafeta de transmissores do seu legado.
Presente!
Augusto Pinto Baptista
Membro da Comissão de Honra
ex-chefe do gabinete da AR